CHEFE DO ESQUEMA DE TRÁFICO DE ÓRGÃOS DEVE CHEGAR AO BRASIL NO PRÓXIMO SÁBADO…

CHEFE DO ESQUEMA DE TRÁFICO DE ÓRGÃOS DEVE CHEGAR AO BRASIL NO PRÓXIMO SÁBADO…

Polícia Federal em Pernambuco anuncia nesta quarta-feira, por meio da Interpol, a extradição do ex-oficial do exército israelense Gedalia Tauber, de 78 anos, foragido da Operação Bisturi. No dia seis de junho do ano passado, o homem apontado como chefe do esquema de tráfico de pessoas e órgãos, foi preso no aeroporto de Fiumicino, em Roma, quando tentava entrar na Itália vindo de Boston, nos Estados Unidos.
A operação Bisturi, iniciada em março de 2003 e concluída em dezembro do mesmo ano, teve o objetivo de desarticular uma quadrilha de traficantes de pessoas para retirada de órgãos no Brasil com ramificações na África do Sul e em Israel, que aliciavam cidadãos pobres e em situação financeira difícil eno Recife e cidades do interior de Pernambuco para a retirada dos rins que eram transplantados em pacientes de Israel na África do Sul, aplicando um golpe no sistema de saúde daquele país, que indenizada cada cirurgia com o valor de U$ 150 mil dólares.
No dia 28 de julho, a Polícia Federal em Pernambuco enviou dois policiais federais, um delegado e um agente da Interpol para Roma, com o objetivo de trazer o preso de volta para o Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), onde o preso ficará a disposição da 1ª Vara Regional de Execução Penal. A previsão de chegada ao Recife é para o dia dois de agosto, às 13h30.
Gedalia era considerado foragido desde que não retornou ao Brasil depois de receber o aval da Justiça de Pernambuco para realizar uma viajem pelo período de 30 dias em janeiro de 2009. Em outubro do mesmo ano, o estrangeiro teve a prisão decretada, passando a ser procurado pela polícia internacional.
O suspeito foi detido por policiais italianos que desconfiaram da falsidade do passaporte, o interrogaram e, após uma pesquisa na base de dados da Interpol, descobriram que o ex-oficial era procurado em todo o mundo.
Em cooperação ao juiz Luiz Gomes da Rocha Neto, responsável pela 1ª Vara Regional de Execução Penal, a Polícia Federal agilizou a extradição do foragido, da Itália para o Brasil para que ele cumpra a pena de reclusão em um presídio pernambucano. O estranegiro foi condenado a 11 anos e nove meses, por tráfico de órgãos em continuidade delitiva e formação de quadrilha, pena posteriormente comutada para oito anos nove meses e 22 dias, faltando cumprir quatro anos e nove meses e seis dias.
Ao tomar conhecimento dua prisão, o Governo Brasileiro, por meio de um pedido formalizado pela Vara de Execuções Penais/PE ao Ministério da Justiça, fez um pedido ao Governo Italiano de extradição do ex-oficial israelense, baseado no tratado bilateral de reciprocidade entre os dois países, que foi deferido pelo Ministro da Justiça Italiana no dia 16 de julho de 2014 e comunicada por Nota Verbal pelo Ministério das Relações Exteriores da Itália à Embaixada no Brasil em Roma.

Do Diário de PE.

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