PROFESSORES E ENFERMEIROS REALIZAM PROTESTO EM FRENTE À PREFEITURA DO RECIFE…
PROFESSORES E ENFERMEIROS REALIZAM PROTESTO EM FRENTE À PREFEITURA DO RECIFE…
CATEGORIAS, EM GREVE, SE UNIRAM PARA SE MANIFESTAR E PEDIR DIÁLOGO
Professores da rede municipal de ensino e enfermeiros vinculados à Prefeitura da Cidade do Recife (PCR) se uniram em um ato de protesto, nesta sexta-feira, em frente ao prédio da gestão municipal para reinvidicar melhorias salariais e de condições de trabalho, além de pontos específicos de cada categoria. Vestidos de preto em sinal de luto, cerca de 200 manifestantes entoaram palavras de ordem, enquanto exibiam muitas faixas, cartazes e discursaram em um carro de som.
Marcílio Albuquerque/Folha de Pernambuco
Eles esperavam ser recebidos por uma comissão para dialogar os pontos de discussão, mas representantes da Prefeitura disseram que não haveria qualquer negociação com os grevistas enquanto a decisão juducial não for cumprida. Os professores encontravam-se em estado de greve desde o último dia 9, e decretaram a paralisação por tempo indeterminado na última terça-feira (13). A Justiça, no entanto, julgou a greve ilegal, determinando, inclusive, multas diárias de R$100 mil para cada dia sem aula, o que só deixou o ânimo da categoria ainda mais exaltado.
Os docentes questionaram a “rapidez” com a qual a Justiça teria tomado tal decisão (menos de 24 horas). De acordo com os professores, a decisão seria resultado de interferências políticas. Em entrevista a uma rádio local, o secretário municipal de Educação, Jorge Vieira, declarou que os docentes que não retornarem a seus postos imediatamente, terão seus pontos cortados.
Os enfermeiros, por sua vez, deflagraram a paralisação por tempo indeterminado na manhã da última sexta-feira (11), em assembleia realizada na sede do Sindicato dos Trabalhadores Federais em Saúde e Previdência Social no Estado de Pernambuco (Sindsprev). Eles querem uma equiparação de benefícios com a classe médica, a qual, segundo a categoria, seria beneficiada pelo poder público.
Outra reclamação dos enfermeiros é a respeito do sucateamento dos postos de saúde, especialmente os dos Postos de Saúde da Família (PSF). Eles também querem a abertura de uma negociação salarial, embora a PCR tenha informado que isso só deva acontecer em janeiro de 2015. A categoria recusa a proposta de reajuste salarial da PCR, que é de 5%, em novembro deste ano (mesmo a data base dos enfermeiros sendo em março) sem pagamento retroativo a data base e mais 5,2% para janeiro de 2015, segundo o Sindicato dos Enfermeiros do Estado (SEE), impossibilitando qualquer negociação para 2015.
A classe ainda acusaou a Prefeitura de ferir o código de ética da Saúde ao permitir a abertura de todas as unidade de saúde, mesmo com a ausência de enfermeiros, cuja adesão à paralisação chega quase à totalidade.
O protesto foi pacífico e se manteve com as panfletagens e apitaço na calçada, mas, por volta das 11h20, resolveram fechar o Cais do Apolo, dando início a um grande congestionamento, que durou até às 12h20, com agentes de trânsito se deslocando até o local para normalizar o trânsito.
Do Folha PE
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